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26 fevereiro 2011

Como ser resiliente no ambiente organizacional?

 Diante de tanta competitividade, instabilidade econômica e cobrança por resultados no cenário corporativo, o profissional é provado a manter o equilíbrio emocional. Todavia, para enfrentar todas essas adversidades, ele precisa desenvolver uma competência que tem conquistado cada vez mais espaço no meio organizacional e chamado a atenção da área de Recursos Humanos: a resiliência.

Identificar o problema, encarar a situação, ter uma iniciativa assertiva e manter uma postura confiante para se sobressair em meio às dificuldades são alguns dos comportamentos pertinentes ao profissional resiliente. Dessa forma, a atitude dele em relação às adversidades é que vai fazer a diferença para o seu sucesso na resolução do problema.

De acordo com Ricardo Piovan, consultor organizacional, palestrante e autor do livro "Resiliência - Como superar pressões e adversidades no trabalho", lançado recentemente, o departamento de Recursos Humanos tem um papel fundamental no processo de resiliência nas organizações. "É sua missão proporcionar o desenvolvimento desta habilidade nos colaboradores das empresas, seja através de treinamentos, palestras ou leitura de livros", comenta. Em entrevista ao RH.com.br, Piovan também apresenta os princípios para o desenvolvimento do comportamento resiliente. Aproveite para refletir acerca do assunto e faça uma boa leitura!


RH.COM.BR - O que significa resiliência nas organizações?
Ricardo Piovan - Antes de definirmos resiliência nas organizações vamos falar sobre o conceito de resiliência. Esta palavra ainda nova para os ambientes corporativos originou-se na física, sendo a propriedade que alguns materiais têm de acumular energia, quando submetidos a um esforço e, cessado o esforço, retoma ao seu estado natural, sem sofrer deformações permanentes. Veja o caso de uma vara utilizada no salto de altura: quando o atleta toma impulso para saltar, a vara curva-se, acumula energia, projeta o atleta sobre o obstáculo e depois retorna ao seu estado normal sem deformações.
A psicologia tomou emprestado este termo para definir pessoas que sofrem pressões e adversidades e mesmo assim conseguem manter-se em um estado normal, não se permitindo "quebrar" diante de tantos problemas e desafios do dia moderno.

Em minhas definições vou um pouco mais longe neste processo. Defendo que pessoas resilientes são aquelas que sofrem crises, enfrentam mudanças ou situações de forte estresse e conseguem "dar a volta por cima", transformando sofrimento em competência.

Agora se lembre de quanta pressão, adversidades, desafios e busca de resultados sofremos no nosso dia a dia no ambiente corporativo. Tudo isto aliado a um chefe autoritário e confuso. Muitas pessoas iniciam um processo de quebra, não aguentando tanto estresse. Uma pesquisa da International Stress Management Association (ISMA), entidade presente em vários países, demonstra que 82% dos profissionais brasileiros apresentam ansiedade em vários graus, como: dores musculares, sentidas em 96% dos entrevistados; angústia, por 78%; momentos de agressividade, em 52%; e problemas gastrointestinais, em 32%. Esses números evidenciam que os profissionais brasileiros necessitam desenvolver a habilidade da resiliência; isto é, sofrer pressões e adversidades, pois elas são inevitáveis, e mesmo assim continuar a dar resultados positivos, ficando em seu estado normal.

RH - Qual o perfil do profissional que apresenta tal competência?
Ricardo Piovan - Um dos perfis que acredito ser de grande valia vem de encontro com a emblemática frase de Kelly Young "o problema não é o problema, o problema é a atitude em relação ao problema". Minha leitura em relação a esta afirmação de Young é que a pessoa resiliente tem consciência de que sua vida será uma sequência de altos e baixos, uma verdadeira montanha russa onde existirão momentos de sucesso e êxtase, mas haverá momentos difíceis onde as dificuldades apareceram; tudo isto, tanto na vida profissional quanto na vida pessoal.
O que difere o profissional resiliente do não resiliente são as atitudes em relação aos problemas, a atitude em relação aos vales da montanha russa. A principal característica deste profissional é a ação assertiva. Ele não foca no problema, e sim na solução dele. Pessoas sem esta competência tendem a ficar com raiva da adversidade, impedindo enxergar as possíveis soluções e outras pessoas tendem a entrar na tristeza ou no medo, sentimentos que paralisa a ação. O profissional resiliente não permite entrar nestes sentimentos e com isto toma decisões e parte para a ação.


RH - Qual a importância da resiliência no mundo organizacional?
Ricardo Piovan - A palavra de ordem nas empresas hoje é resultado e na maioria dos casos resultado é fazer "mais com menos". Hoje o profissional tem que ser polivalente, cobrar o escanteio, correr e fazer o gol de bicicleta. São várias as reuniões que participo no qual temos que apresentar o andamento de algumas metas que foram estabelecidas e ao final da reunião temos duas ou mais metas estabelecidas para serem cumpridas. Agora alie tudo isso à crise global que estamos vivendo; é muita pressão e adversidade junta e o profissional tem que se manter inteiro, continuando a dar resultados positivos.

RH - Há algum recurso que auxilie o desenvolvimento da resiliência nas pessoas?
Ricardo Piovan - No livro apresento vários recursos, nos quais chamo de princípios, para a pessoa tornar-se mais resiliente. Uma delas é muito simples e prática, trata-se da consciência do sequestro da amídala.
Quantas vezes em nossos ambientes de trabalho já tivemos reações impulsivas das quais nos arrependemos depois? Seja pedindo demissão após um feedback ofensivo de um gestor ou uma discussão nada produtiva, que passa dos limites, em uma reunião, desmotivando totalmente nossa equipe. Em muitos momentos nos falta a tão famosa, mas pouco utilizada, inteligência emocional. De acordo com Daniel Golleman, há uma explicação neurológica para esse comportamento agressivo, mediante situações desagradáveis. O cérebro humano foi formado de baixo para cima, isto é, as primeiras estruturas do cérebro iniciam na parte de baixo e com a evolução outras ramificações foram formadas até chegar ao topo da cabeça. Os homens das cavernas tinham apenas a parte inferior formada e nela há uma estrutura pequena chamada amídala, onde ficam armazenadas nossas emoções boas e ruins. Assim que nossos antepassados ouviam ou viam algo, esta informação era enviada à amídala que determinava a reação dele. Ou seja, se aparece um animal, a amídala dava a ordem: "Fuja" ou "Ataque-o"; a amídala dava uma ordem emocional, por impulso, sem questionar muito a situação.


RH - E em relação ao homem moderno, o que muda?
Ricardo Piovan - Já o homem moderno, além de ter a amídala, também possui uma estrutura próxima à testa chamada neocortex que comanda nossas ações racionais, é a parte pensante do cérebro, isto é, questiona e pensa a melhor forma de executar alguma tarefa. Segundo Golleman, o problema é que a informação chega primeiro à amídala e apenas depois chega ao neocortex. Portanto, se o que está acontecendo no ambiente externo é muito intenso, a amídala pode dar o comando de "Fuja" ou "Ataque" antes que o neocortex diga "calma, vamos montar um plano de ação para resolver este problema mais assertivamente". Este processo chama-se "sequestro da amídala", onde ela não permite que o neocotex aja. Acredito que uma pessoa resiliente consegue desativar o sequestro da amídala, não permitindo reações impulsivas, elas fazem aquele famoso "contar até dez", para que a informação chegue ao neocortex e seja processada racionalmente, não permitindo assim cometer excessos que fatalmente serão catastróficos para uma solução eficaz. Eistein já dizia: "um problema não pode ser resolvido no mesmo estado emocional que ele foi criado ou descoberto".


RH - De que forma a resiliência pode ser trabalhada no ambiente corporativo, em meio à instabilidade econômica que atinge cada vez mais as organizações?
Ricardo Piovan - Como diz a música de Lulu Santos "na vida tudo passa, tudo sempre passará, a vinda vem em ondas como mar...". A simples consciência dessa frase, aliada a muito trabalho assertivo, já é suficiente para passar por esta fase. Veja a história dos Estados Unidos: uma grande depressão econômica em 1929. Findo este processo, um grande crescimento; nova crise do petróleo em 1981, mais um grande processo de crescimento e 2008, mais uma crise.


RH - Qual o papel do profissional de RH para o desenvolvimento da resiliência no ambiente corporativo?
Ricardo Piovan - O profissional de RH tem um papel fundamental neste processo. É sua missão proporcionar o desenvolvimento desta habilidade nos colaboradores das empresas, seja através de treinamentos, palestras ou leitura de livros. Estes profissionais devem introduzir a resiliência no hall de competências a serem desenvolvidas pelos funcionários das organizações. Note que em todo momento temos medo, tristeza e raiva, gerando paralisações nas tomadas de decisões ou atitudes impeditivas que nos arrependemos depois. Portanto, buscar o equilíbrio emocional para estes momentos é fundamental para o sucesso do funcionário e consequentemente da empresa.


RH - No livro "Resiliência - Como superar pressões e adversidades no trabalho", lançado recentemente, o Sr. destaca fatores para o desenvolvimento do comportamento resiliente. Quais seriam esses princípios?
Ricardo Piovan - Vamos na sequência: ter consciência de que dificuldades fazem parte da vida e é preciso conviver com elas; compreender a natureza humana e buscar o contato com seu Eu Superior; persistir lutando para superar as adversidades; encarar o problema, tomar as decisões necessárias e investir energia para solucioná-lo, e por fim, entender que as dificuldades da vida nos tiram da zona de conforto e proporcionam crescimento.


RH - Quais as possíveis adversidades que o profissional encontrará para a execução desses princípios?
Ricardo Piovan - A principal adversidade é a não consciência dos comportamentos limitantes. De acordo com Freud e Young, o ser humano, em média, consegue observar e controlar apenas 10% do seu comportamento, sendo que 90% está submerso no inconsciente, impossibilitando que ele visualize seus pontos de melhoria. No primeiro princípio do livro eu divido as pessoas em reativas, submissas e proativos e possibilito ao leitor fazer um teste para se enquadrar em uma das pessoas. Quando o teste mostra que ela é reativa - um comportamento de pessoas nada resilientes -, por exemplo, as pessoas começam a contestar o teste, dizendo que não tem fundamento, questionando cada um dos dados. Pois bem, só este comportamento agressivo já demonstra por si só que a pessoa é reativa, mas ela não percebe, ela nega este comportamento e com esta negação não há o processo de desenvolvimento para uma pessoa proativa.

Neste caso, sugerimos que a pessoa deixe o resultado em stand by e converse com pessoas ligadas ao seu convívio e questione com eles cada questão do teste, objetivando a conscientização do comportamento limitante. Uma frase de um autor desconhecido diz "Deus nos fez de um modo que não vemos nossas costas, aos outros está reservado vê-las, portanto leve em consideração o que eles veem". As outras pessoas veem os nossos 90%.


RH - Ao elaborar essa obra, qual foi o seu principal objetivo?
Ricardo Piovan - O principal objetivo foi demonstrar que a resiliência não é uma característica reservada a seres humanos privilegiados. A resiliência é uma habilidade e, como tal, pode ser aprendida e desenvolvida por qualquer um de nós. Através da consciência de comportamentos limitantes existentes em cada ser humano é possível passar por um processo de transformação e incorporar a resiliência na nossa vida profissional e pessoal.


RH - Qual foi o público-alvo do seu trabalho?
Ricardo Piovan - Procurei direcionar o trabalho para o ambiente corporativo em geral, tanto para empregadores como empregados ou profissionais liberais, pois como convivo com esse público diariamente, percebi a necessidade de iniciar um processo de conscientização de que podemos passar por pressões e adversidades com desgastes menores do que temos hoje. Mas como digo em minhas palestras comportamentos são repetitivos. Portanto, não tenha dúvida que a pessoa que não tem resiliência no trabalho também não tem resiliência na sua vida pessoal; logo, um processo de transformação no trabalho traz benefícios para a vida pessoal também, pois o ser humano é integral.


RH - Que conselhos o Sr. daria a quem busca desenvolver a resiliência, mas sente dificuldades?
Ricardo Piovan - Resiliência está ligada a comportamentos, e estes se melhoraram através da conscientização de atitudes limitantes, conforme já falamos. Existem várias formas de buscar a revisão comportamental que vai desde um auxílio psicológico, em caso extremo, até a participação em treinamentos de focam os comportamentos humanos. O feedback é outra ferramenta importantíssima neste processo. Empresas que aplicamos treinamentos de feedbacks 360º melhoram profundamente a resiliência, pois todas as pessoas contribuem para o aperfeiçoamento comportamental do outro. Para fechar, me lembrei de uma frase de Peter Drucker: "As pessoas são contratadas pelas suas habilidades técnicas, mas são demitidas pelos seus comportamentos". Portanto, nada mais justo do que buscarmos o conhecimento para sermos mais resilientes.

Por Élida Bezerra para o RH.com.br



23 fevereiro 2011

Leia. Indigne-se. Passe adiante !!!!!

A cena foi comovente.
O vice-presidente José Alencar preparava-se para plantar uma árvore em Brasília quando foi abordado por uma nissei de 65 anos e 1,60 m de altura.

Era manhã da quinta-feira, 6.                           
A mulher começou a mostrar fotografias de crianças esqueléticas, brasileiros com silhueta de etíopes, mas que tinham sido recuperadas com uma farinha barata e acessível, batizada de "multimistura".

Alencar marejou os olhos.
Pobre na infância no interior de Minas, o vice não conseguiu soltar uma palavra sequer.

Apenas deu um longo e apertado abraço naquela mulher, a pediatra Clara Takaki Brandão. Foi ela quem criou a multimistura, composto de farelos de arroz e trigo, folha de mandioca e sementes de abóbora e gergelim.

Foi esta fórmula que, nas últimas três décadas, revolucionou o trabalho da Pastoral da Criança, reduzindo as taxas de mortalidade infantil no País e ajudando o Brasil a cumprir as Metas do Milênio.

E o que a pediatra foi pedir ao vice-presidente?
Que não deixasse o governo tirar a multimistura da merenda das crianças.
Mais do que isso, ela pediu que o composto fosse adotado oficialmente pelo governo.

Clara já tinha feito o mesmo pedido ao ministro da Saúde, José Gomes Temporão - mas ele optou pelos compostos das multinacionais, bem mais caros.

"O Temporão disse que não é obrigado a adotar a multimistura", lamenta Clara.
Há duas semanas a energia elétrica da sala de Clara dentro do prédio do Ministério da Saúde foi cortada.  Hoje, ela trabalha no escuro.
"Já me avisaram que agora eu estou clandestina dentro do governo", ironiza a pediatra.

Mas ela nem sempre viveu na escuridão.
Prova disso é que, na semana passada, o governo comemorou a redução de 13% nos óbitos de crianças entre os anos de 1999 e 2004 - período em que a multimistura tinha se propagado para todo o País. 

Desde 1973, quando chegou à fórmula do composto, Clara já levou sua multimistura para quase todos os municípios brasileiros, com a ajuda da Pastoral da Criança, reduto do PT.

 Os compostos da multimistura têm até 20 vezes mais ferro e vitaminas C e B1 em relação à comida que se distribui nas merendas escolares de municípios que optaram por comprar produtos industrializados.

Sem contar a economia:
Fica até 121% mais caro dar o lanche de marca", compara Clara.

Quando ela começou a distribuir a multimistura em Santarém, no Pará, 70% das crianças estavam subnutridas e os agricultores da região usavam o farelo de arroz como adubo para as plantas e como comida para engordar porco.

Em 1984, o Unicef constatou aumento de 220% no padrão de crescimento dos subnutridos.
Dessa época, Clara guarda o diário de Joice, uma garotinha de dois anos e três meses que não sorria, não andava, não falava.

Com a multimistura, um mês depois Joice começou a sorrir e a bater palmas.

Hoje, a multimistura é adotada por 15 países.
No Brasil só se transformou em política pública em Tocantins. 
Clara acredita que enfrenta adversários poderosos
.    ( alguém tem alguma dúvida ???)            

Segundo ela, no governo, a multimistura começou a ser excluída da merenda escolar para abrir espaço para o Mucilon, da Nestlé, e a farinha láctea, cujo mercado é dividido entre a Nestlé e a Procter & Gamble.

"É uma política genocida substituir a multimistura pela comida industrializada", ataca a pediatra.
A antiga Coordenadora Nacional da Pastoral da Criança, a saudosa Zilda Arns, reconheceu que a multimistura foi importante para diminuir os índices de desnutrição infantil.

"A multimistura ajudou muito", diz. 
"Mas só ela não é capaz de dizimar a anemia; também se deve dar importância ao aleitamento materno."

 "ISTO É" procurou as autoridades do Ministério da Saúde ao longo de toda a semana, mas nenhuma delas quis se pronunciar.

"O multimistura é um programa que não existe mais", limitou-se a informar a assessoria de imprensa.



20 fevereiro 2011

O deputado federal José Antonio Reguffe (PDT-DF) Estreia com exemplo de austeridade

O deputado federal José Antonio Reguffe (PDT-DF), que foi proporcionalmente o mais bem votado do país com 266.465 votos, com 18,95% dos votos válidos do DF, estreou na Câmara dos Deputados fazendo barulho. De uma tacada só, protocolou vários ofícios na Diretoria-Geral da Casa.

Abriu mão dos salários extras que os parlamentares recebem (14° e 15° salários), reduziu sua verba de gabinete e o número de assessores a que teria direito, de 25 para apenas 9. E tudo em caráter irrevogável, nem se ele quiser poderá voltar atrás. Além disso, reduziu em mais de 80% a cota interna do gabinete, o chamado “cotão”. Dos R$ 23.030 a que teria direito por mês, reduziu para apenas R$ 4.600.

Segundo os ofícios, abriu mão também de toda verba indenizatória, de toda cota de passagens aéreas e do auxílio-moradia, tudo também em caráter irrevogável. Sozinho, vai economizar aos cofres públicos mais de R$ 2,3 milhões nos quatro anos de mandato. Se os outros 512 deputados seguissem o seu exemplo, a economia aos cofres públicos seria superior a R$ 1,2 bilhão.

“A tese que defendo e que pratico é a de que um mandato parlamentar pode ser de qualidade custando bem menos para o contribuinte do que custa hoje. Esses gastos excessivos são um desrespeito ao contribuinte. Estou fazendo a minha parte e honrando o compromisso que assumi com meus eleitores”, afirmou Reguffe em discurso no plenário.

O PAÍS TEM SOLUÇÃO. 
OLHA O EXEMPLO AI .



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